Em Abril, militares mil
Sem bala, pólvora ou espoleta
Marchando ordeiros, a mando civil,
Fizeram do cravo a baioneta
O povo, sereno, empunhou a caneta
Com um traço cortou a mordaça
E de felicidade, a alma repleta,
Há gente que na rua se abraça
Que a democracia se faça
Impere a justiça e a verdade
Há uma fornada que se amassa
Com o fermento da liberdade
Amadora, 2016