Lá passou a festa!
Mais animada para uns, menos animada para outros, (é que nisto das festas é sempre difícil agradar a Deus e ao Diabo), mas honra seja feita às miúdas da Comissão 2007 que, com esforço e o apoio de familiares e amigos, cumpriram a divisa de dar continuidade à tradição e, pelo que me foi dado a perceber, o balanço foi francamente positivo.
Mas tão importante como os festejos propriamente ditos é a habitual "vinda à festa", sempre motivo para encontros e reencontros com amigos e, curiosamente, com os filhos dos amigos; a nova geração de mocidade que nasceu fora e não conhecemos por a não ter visto crescer.
Da miudagem dos 18/20 anos para baixo já não se conhece ninguém. A alguns, pelas parecenças, ainda se lhe deslinda a "linhagem", são a cara ingerida dos progenitores, mas a outros?, não há contorcionismo mental que lhes consiga encarrelher com a genealogia.
No reencontro, mais ou menos cíclico, entre velhas amizades consolidadas na juventude pela partilha de experiências e cumplicidades, alegrias e tristezas, questiona-se o futuro da aldeia e a continuação da festa, vindo à liça comparações com o passado.
São amizades do tempo em que a estudantada se juntava aqui, vinda de todo o lado, para passar as férias escolares. Apanhava a carreira logo após terminadas as aulas e aqui ficava um Verão inteiro até dois ou três dias antes do recomeço das mesmas.
Conjuntamente com os "Franceses" que vinham passar as "vacanças" e a malta que por cá permanecia, na expectativa de agarrar uma oportunidade para se atirar ao mundo, tal como os pássaros na borda do ninho, esperando pelo momento de se sentirem seguros e se lançarem no vazio, experimentando a triunfal sensação do primeiro voo, a "rapaziada do mê tempo" unia-se e havia festa todos os dias.
Mais animada para uns, menos animada para outros, (é que nisto das festas é sempre difícil agradar a Deus e ao Diabo), mas honra seja feita às miúdas da Comissão 2007 que, com esforço e o apoio de familiares e amigos, cumpriram a divisa de dar continuidade à tradição e, pelo que me foi dado a perceber, o balanço foi francamente positivo.
Mas tão importante como os festejos propriamente ditos é a habitual "vinda à festa", sempre motivo para encontros e reencontros com amigos e, curiosamente, com os filhos dos amigos; a nova geração de mocidade que nasceu fora e não conhecemos por a não ter visto crescer.
Da miudagem dos 18/20 anos para baixo já não se conhece ninguém. A alguns, pelas parecenças, ainda se lhe deslinda a "linhagem", são a cara ingerida dos progenitores, mas a outros?, não há contorcionismo mental que lhes consiga encarrelher com a genealogia.
No reencontro, mais ou menos cíclico, entre velhas amizades consolidadas na juventude pela partilha de experiências e cumplicidades, alegrias e tristezas, questiona-se o futuro da aldeia e a continuação da festa, vindo à liça comparações com o passado.
São amizades do tempo em que a estudantada se juntava aqui, vinda de todo o lado, para passar as férias escolares. Apanhava a carreira logo após terminadas as aulas e aqui ficava um Verão inteiro até dois ou três dias antes do recomeço das mesmas.
Conjuntamente com os "Franceses" que vinham passar as "vacanças" e a malta que por cá permanecia, na expectativa de agarrar uma oportunidade para se atirar ao mundo, tal como os pássaros na borda do ninho, esperando pelo momento de se sentirem seguros e se lançarem no vazio, experimentando a triunfal sensação do primeiro voo, a "rapaziada do mê tempo" unia-se e havia festa todos os dias.
Mas com o aproximar do dia da mais esperada, a de Santo António, a agitação aumentava.
Di-lo ia o ti Cavalinho, quando uma buliçosa chusma, aos magotes, lhe invadia a taberna: "Ca rai de joldra vem a ser esta, atão pariu p’ra aí a galega, ô quêi?"
Toulões era um mar de gente.
Di-lo ia o ti Cavalinho, quando uma buliçosa chusma, aos magotes, lhe invadia a taberna: "Ca rai de joldra vem a ser esta, atão pariu p’ra aí a galega, ô quêi?"
Toulões era um mar de gente.
É um facto que o futuro dos jovens, os tais que já não conhecemos, não passa por aqui. Para eles a terra é menos convidativa e até desinteressante. Já não passam cá o Verão. Vêm à Festa, de fugida, já queimados pelo sol da beira mar, quase só para não desapontar a família, que por devoção se reune toda neste dia.
Mas, apesar de tudo, visto o entusiasmo ainda manifestado por alguns mais optimistas, estou em crer que, a exemplo das miúdas que este ano a organizaram, à nova geração, apesar de cá não ter criado raízes, talvez lhe venham a rebentar umas vergônteas, boas pôlas que hão-de aqui pegar de estaca, não deixando morrer a tradição do "vir à Festa".