Como vos dei conta no post anterior, e aqui, este ano o Entrudo dos Toulões foi um arcaz de surpresas. Uma delas, como o demonstra o filme que ilustra este texto, foi a Vaca-Galhana que saiu à rua decorridas que foram mais de 4 décadas sobre a sua queda no esquecimento.
No ano passado, pela mão do Tchico Nacinzo, este animal endiabrado ainda fez uma tentativa de correr-a-manilha pelas ruas do povo. Pena foi que o tempo, temendo ser escorneado no anticiclone, ou levar com alguma tchapeireda alostrada com rabo da dita na superfície frontal, tratou de fazer apelo ao que a meteorologia tem de mais desagradável e, com alguma precipitação, inviabilizou o desenrolar do acontecimento.
Mesmo assim, constrangida, ainda deu um ar da sua graça entre muros na sala de convívio do Centro de Dia, fazendo, o seu ressurgimento, destapar a caixinha das memórias aos mais velhos.
Este minuto de imagens, pacífica recriação surgida espontaneamente à margem do cortejo, é um pequeno exemplo de como era e de como agia a Vaca-Galhana até ao início dos anos 60, altura em que este tradicional costume foi abandonado.
Tivesse sido a sério e nenhuma das pessoas que assiste ao evoluir deste insólito costume estaria a salvo de ser molestado por esta esquelética figura encorpada pelo ti Antónho Faca, que já não tem propriamente o fulgor dos jovens que a manobravam antigamente, nem esta demonstração tem o mesmo propósito que tinha naquele tempo.
Este ano foi assim, para o ano logo veremos.
5 comentários:
Querido Chanesco,
Depois de 2 meses privada de net, por ter mudado de residência, aqui estou de regresso, finalmente, e venho, numa primeira visita, deixar um abraço e a promessa de voltar para ler e comentar, como é devido.
Um abraço
Meg
Meu caro Chanesco...
...são pérolas que nos ofereceu e que o ti António Faca ofereceu aos de Toulões. Esperemos que a semente não esteja tão mirrada que impeça de crescer.
Um abraço
E quando me saudorizo... das gentes do interior, aqui venho parar a ver as montras.
Obg caro Chanesco, por continuar nesta troca. Abraços para a raia!
(como é resistente este povo, humilde e dedicado, alegre e de ironia fina, fiel e solidário ...não merece a direcção que lhe querem dar...)
Olá Chanesco.
Há tempos que não passava por aqui, mas é com grande satisfação que registo este regresso do qual +a havia perdido dois post's.
Gostei da história e da performance do Ti António Faca. Quando desaparecerem estas pessoas o que será destas tradições?
Um abraço.
uma delicia!!!
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