Os ditados populares, provindos da sabedoria do mesmo, têm sempre a sua razão de ser. Penso, no entanto que, nem na Idenha nem em qualquer outro lado deve ser de bom senso estar à chuva ( do lado da água) ou muito chegada ao lume( do lado da lenha). Será esta a interpretação? Tenho mesmo de visitar o Centro Cultural Raiano, Idanha e outras terras raianas.
Atão veginho , em beim pudia meteri a minha colharada , mas como vocemecê é q'andou a mostrari o pote da auga da exposiçã dos loucêros agora explique a sua sintença ...Tem graça q?eu andei a fazer retratos duma parreira nos Toulões , no últemo dia da festa ....Será que nos cruzêmos? Inté bebi uma gasosa ... Mas , já estou desterrada outra vez .Para a semana dou notícias Muntas vegitas Quina
De facto os ditos populares são por vezes uma fina filosofia.
O CCR merece ser visitado. Pena é que que uma parte importante do trabalho de "bastidores" realizado pelo CCR não seja percetível aos olhos de muitos visitantes.
FÁTIMA
Em certa medida até se poderia aplicar essa máxima, como verá no que adiante escrevo.
Quanto às minhas férias, como perguntava noutro contário, desde Julho que bateram asa. Este Verão nem pude ir a Bragança.
QUINA
Com que então visitou Toulões. Estive lá nos três dias de festa.
Quanto à sua "cotcharrada", ela é bem vinda. A ver se cincide com a minha, escrita mais adiante.
EDDY
Este ditado ouve-se amiude um pouco por todo o concelho e até por terras de concelhos limitrofes, nomeadamente de Penamacor.
Quanto ao tal assunto em breve te enviarei um mail.
» » » » » PARA TODOS « « « « « Para dizer a verdade nem sei bem como enquadrar a moral que encerra este dito, mas deixo o contexto em que se aplica:
No tempo em que as famílias eram numerosas e se fazia o serão à lareira, às vezes também com alguns vizinhos, os mais novos eram obrigados a estar sempre de prevenção para ir à ao asado, assente na cantareira, buscar água para dar de beber aos mais velhos sempre que a pedissem, ou “abondar” uma cavaca ou um chamiço para avivar o lume mortiço. Quando não havia garotos, estas tarefas (servir água ou por lenha no lume) eram aviadas por quem estivesse mais a jeito. Assim sendo adivinham-se as disputas pelo melhor lugar ao borralho.
Dizia-se também que quando alguem tinha de se deslocar a Idanha, sede de concelho, para tratar de assuntos que obrigavam a uma pernoita em casa de algum conhecido ou até familiar, o anfitrião, pouco cortez, tirava partido da situação de favor para pedir lhe alguns serviços (conjecturando, talvez advenha daqui o epíteto por que eram conhecidos os naturais de Idanha - Alarves: rudes, brutos, pouco cortezes).
Não tendo eu os idanhenses como maus anfitriões, penso que a palavra Idenha (Idanha - deformada pela por aqui usual substituição do “a” da sílaba tónica por “e”), aparece apenas para fazer a rima.
Pois "vesinho Chanesco " o que vale é que eu sou boa pessoa !Mas , acabará vendo que a luta também é sua.Quando li aquele dito ,a minha prima nascida em Penamacor me atazanava a alma , estive logo para reagir ,mas pensei : Deixa ver se o vezinho vem com os alarves ?! E não é que assim foi ? Já perceberam tenho família em Penamacor e quando crianças, ouvi tal dito à minha prima acrescentado de,são uns alarves .Eu chorava e ela levava açoites que a mãe , idanhense , e a avó (de S. Miguel d'Acha ,mas idanhense de coração )lhe davam .A minha avó que nasceu no séc. XIX e dizia : desde que esta terra ficou maior que Penamacor que é esta pouca vergonha !!!Eu não a entendia ; chamava à terra rival Penamacacas. Pensava que um dia havia de entender tudo . O que é certo é que grande parte da minha vida carreguei esse ferrete de alarve .Alguns idanhenses pediam-me que desagrava-se a nossa terra . Só em 2008 escrevi um artigo para o "RAIANO" sobre quem foram os Alarves.A palavra alarve vem do árabe ALARABE , ALARAVE ,Al-ARAB; designa dos povos que invadiram, em 711 a P.Ibérica; eram berbéres do N. de África .Contrariamente a outros árabes ,os berbéres e neles os alarves ,não eram cultos,mas simples e humildes pastores . Os que por aqui ficaram após a conquista da Egitânia em 713 ,encontraram na campina o local ideal para criar gado . Não usavam dos salamaleques , eram simples ,e rudes para o refinamento da cultura árabe da época , mesmo grosseiros .Mas não subiram a escarpa do Ponsul não se fixaram no sítio de Idanha-a-Nova ; fixaram-se na CAMPANHA .Diz-nos um texto do séc. XVI , citado por David Lopes que o termo alarve significava---GENTE CAMPESTRE . Assim aconteceu até ao séc.XIX, tendo começado a abastardar-se nos finais desse séc. e no XX quando os que não gostam dos idanhenses passam a usar a palavra com o significado de brutos e comilões .A palavra passou assim para o vernáculo ,vulgarizou-se ,de tal modo que ainda hoje se agride alguém dizendo :é um alarve !Eu libertei-me do ferrete e perguntei À MINHA GENTE SE SER SIMPLES , HUMILDE E CAMPONÊS OS ENVERGONHAVA .Pedi-lhes que quando os chamassem de alarves ,tivessem "apenas e tão só dó da ignorância de quem assim nos trata "...sic -artº do Raiano . Os desabafos da minha avó fiquei a entendê-los.Referiam-se a 1834/36 -extinção de vários concelhos . O facto de o territorio do concelho idanhense ser maior que o de Penamacor gerou rivalidades.Os pobres dos Alarves dispersos pela campina levaram com as "favas"! Portanto ,amigos , não tenham medo de que quando forem a Idanha-a-Nova alguém vos mande executar tarefas .Podem sim ser um pouco maçadores porque se entrarem em 20 casas em todas vão ter a mesa posta e verão rostos tristes se não comerem . Nunca soube de alguém que pusesse as visitas a trabalhar .Em tempos mais antigos os idosos pediam aos mais novos que lhes dessem um copo de"auga do pote" (em Idanha -a-Nova não se diz "asado"; tal significa habilidoso)ou lhes "tchegasse uma atcha p'ro lumi ". Deve ter sido tal acto que levou a tão maldosa manipulação . Será que os outros concelhos extintos também quiseram vingar-se? Entendo que o Edy (permita-me que o trate assim pois só o conheço da sua obra...e julgo-o ligado ao Rosmaninhal à família Chambino que o meu pai bem conhecia ;será ?)não conheça o referido dito, pois isso sucede com muita gente . Na pronuncia de Penam...diz-se IDENHA ,terra que afinal , nem conheço ! Chanesco ,está "aperdoedo" .Quanto a mim peço desculpas pela "alarvidade " com que me alarguei . Bem-haja , faça como quiser com a dita alarvidade...
A alarvidade da minha escrita tinha sido tal que excedi o número de caracteres .Tive de fazer cortes e como tal ,ficou nalguns pontos um português um pouco "macarrónico" . Peço desculpa por ele .Creio que dá para entender.Bem-hajam todos , bem-haja Chanesco... Um abraço amigo Qina
Espero que o meu comentário não tenha avivado a chama que enrubescia o ferrete estigmatizante de que fala e que a marcou na sua juventude. Saiba que eu também me tenho como boa pessoa. Não é meu propósito achincalhar seja quem for com os meus comentários, muito menos as pessoas por quem nutro consideração, apesar de não noa conhecermos. Tenho muito apreço pelo trabalho de pesquisa que nos vem dando a conhecer sobre o nosso concelho assim como pelos comentários que aqui deixa (o anterior é um bom exemplo), um contributo enriquecedor para este blog. O que aqui escrevo não é fruto de uma pesquisa tão profunda como a que faz, mas sim uma espécia de transcrição de alguns testemunhos de quem ainda viveu os tempos conturbados das rivalidades entre povoações vizinhas. Como saberá, das 17 freguesias do concelho, poucas escaparam ao ferrete da alcunha pouco abonatória. Quantas vezes as ditas rivalidades eram levadas ao extremo nas feiras e nas festas com zaragatas fratricidas. Sobre o assunto poderá ler um dos primeiros posts neste endereço:
Este poste, que não pretende desenterrar pecados velhos, refere-se à constatação de uma dura realidade que, penso eu, nos dias de hoje já não tem não tem razão de ser. As rivalidades, coisa retrógrada, são águas passadas e as alcunhas, com a carga simbólica que possuíam, também.
Nos casos em que a coisa pareça séria, mantenhamos o espírito dos nossos vizinhos de Alcains.
Por amor de Deus , vezinho , eu também o tenho na conta de boa pessoa . Sei que não pretendeu reavivar o ferrete ,mas apenas citar um dito de Penamacor referente a todos nós . Sei das rixas que, em tempos idos , isso originou ,para além das infantis entre mim e a minha prima... !!!Apenas aproveitei para esclarecer a situação a quem , vindo de outras bandas , não entendesse o "tal" dito . Sabe , continuo a achar que as rivalidades entre terras da nossa região , são um dos nossos males...Enfim , talvez a dureza desta crise nos una...,Sonhar não paga imposto ,por enquanto !!!! UM abraço Quina
Ah! , esqueci-me de uma coisa !!Sim , não é nada bonito o que se diz sobre Alcains , mas eles não ficam calados e a resposta é forte .Quanto a nós só me lembro da minha pobre imprecação :"Penamacas"...Conhece outra ? Eu não ...Afinal não seremos tão brutos como nos pintam !!! E por agora está tudo Vesitas Quina
Gosto de passar por aqui,e mais, gosto dos comentários que por aqui circulam na boa paz das boas vizinhanças como se quer.
Este ditado só nos reporta para usos e costumes das nossas gentes,que tão hábilmente os faziam assim a talho de foice sobre tantas conveniências e em vez de nos envergonhar,pelo contrário só nos enriquece,tal é a quantidade e a variedade que existem em cada terra.
Desenterremo-los e coloquemo-los por estes blogues fora para que possamos melhor compreender quem somos pelo que fomos.
13 comentários:
Os ditados populares, provindos da sabedoria do mesmo, têm sempre a sua razão de ser. Penso, no entanto que, nem na Idenha nem em qualquer outro lado deve ser de bom senso estar à chuva ( do lado da água) ou muito chegada ao lume( do lado da lenha). Será esta a interpretação?
Tenho mesmo de visitar o Centro Cultural Raiano, Idanha e outras terras raianas.
Bem-hajas, Chanesco!
Um abraço fraterno
Ó Chanesco, isso é o mesmo que pôr-se entre a espada e a parede?
Um abraço
Atão veginho , em beim pudia meteri a minha colharada , mas como vocemecê é q'andou a mostrari o pote da auga da exposiçã dos loucêros agora explique a sua sintença ...Tem graça q?eu andei a fazer retratos duma parreira nos Toulões , no últemo dia da festa ....Será que nos cruzêmos? Inté bebi uma gasosa ...
Mas , já estou desterrada outra vez .Para a semana dou notícias
Muntas vegitas
Quina
Amigo Armando, essa nunca tinha ouvido. embora tenha captado o significado, será que tens o contexto/circunstância em que é dito?
Ainda estou à espera de noticias sobre o tal assunto...
Abraço
ISAMAR
De facto os ditos populares são por vezes uma fina filosofia.
O CCR merece ser visitado. Pena é que que uma parte importante do trabalho de "bastidores" realizado pelo CCR não seja percetível aos olhos de muitos visitantes.
FÁTIMA
Em certa medida até se poderia aplicar essa máxima, como verá no que adiante escrevo.
Quanto às minhas férias, como perguntava noutro contário, desde Julho que bateram asa. Este Verão nem pude ir a Bragança.
QUINA
Com que então visitou Toulões. Estive lá nos três dias de festa.
Quanto à sua "cotcharrada", ela é bem vinda. A ver se cincide com a minha, escrita mais adiante.
EDDY
Este ditado ouve-se amiude um pouco por todo o concelho e até por terras de concelhos limitrofes, nomeadamente de Penamacor.
Quanto ao tal assunto em breve te enviarei um mail.
» » » » » PARA TODOS « « « « «
Para dizer a verdade nem sei bem como enquadrar a moral que encerra este dito, mas deixo o contexto em que se aplica:
No tempo em que as famílias eram numerosas e se fazia o serão à lareira, às vezes também com alguns vizinhos, os mais novos eram obrigados a estar sempre de prevenção para ir à ao asado, assente na cantareira, buscar água para dar de beber aos mais velhos sempre que a pedissem, ou “abondar” uma cavaca ou um chamiço para avivar o lume mortiço.
Quando não havia garotos, estas tarefas (servir água ou por lenha no lume) eram aviadas por quem estivesse mais a jeito. Assim sendo adivinham-se as disputas pelo melhor lugar ao borralho.
Dizia-se também que quando alguem tinha de se deslocar a Idanha, sede de concelho, para tratar de assuntos que obrigavam a uma pernoita em casa de algum conhecido ou até familiar, o anfitrião, pouco cortez, tirava partido da situação de favor para pedir lhe alguns serviços (conjecturando, talvez advenha daqui o epíteto por que eram conhecidos os naturais de Idanha - Alarves: rudes, brutos, pouco cortezes).
Não tendo eu os idanhenses como maus anfitriões, penso que a palavra Idenha (Idanha - deformada pela por aqui usual substituição do “a” da sílaba tónica por “e”), aparece apenas para fazer a rima.
UM ABRAÇO A TODOS
Caro Chanesco
Grandes serões houveram de ser, para se beber tanta água e queimar tanta lenha que desse ser ao ditado! Mas q gostei da explicação. Obrigada por ela.
Um abraço
Pois "vesinho Chanesco " o que vale é que eu sou boa pessoa !Mas , acabará vendo que a luta também é sua.Quando li aquele dito ,a minha prima nascida em Penamacor me atazanava a alma , estive logo para reagir ,mas pensei : Deixa ver se o vezinho vem com os alarves ?! E não é que assim foi ?
Já perceberam tenho família em Penamacor e quando crianças, ouvi tal dito à minha prima acrescentado de,são uns alarves .Eu chorava e ela levava açoites que a mãe , idanhense , e a avó (de S. Miguel d'Acha ,mas idanhense de coração )lhe davam .A minha avó que nasceu no séc. XIX e dizia : desde que esta terra ficou maior que Penamacor que é esta pouca vergonha !!!Eu não a entendia ; chamava à terra rival Penamacacas. Pensava que um dia havia de entender tudo . O que é certo é que grande parte da minha vida carreguei esse ferrete de alarve .Alguns idanhenses pediam-me que desagrava-se a nossa terra . Só em 2008 escrevi um artigo para o "RAIANO" sobre quem foram os Alarves.A palavra alarve vem do árabe ALARABE , ALARAVE ,Al-ARAB; designa dos povos que invadiram, em 711 a P.Ibérica; eram berbéres do N. de África .Contrariamente a outros árabes ,os berbéres e neles os alarves ,não eram cultos,mas simples e humildes pastores . Os que por aqui ficaram após a conquista da Egitânia em 713 ,encontraram na campina o local ideal para criar gado . Não usavam dos salamaleques , eram simples ,e rudes para o refinamento da cultura árabe da época , mesmo grosseiros .Mas não subiram a escarpa do Ponsul não se fixaram no sítio de Idanha-a-Nova ; fixaram-se na CAMPANHA .Diz-nos um texto do séc. XVI , citado por David Lopes que o termo alarve significava---GENTE CAMPESTRE . Assim aconteceu até ao séc.XIX, tendo começado a abastardar-se nos finais desse séc. e no XX quando os que não gostam dos idanhenses passam a usar a palavra com o significado de brutos e comilões .A palavra passou assim para o vernáculo ,vulgarizou-se ,de tal modo que ainda hoje se agride alguém dizendo :é um alarve !Eu libertei-me do ferrete e perguntei À MINHA GENTE SE SER SIMPLES , HUMILDE E CAMPONÊS OS ENVERGONHAVA .Pedi-lhes que quando os chamassem de alarves ,tivessem "apenas e tão só dó da ignorância de quem assim nos trata "...sic -artº do Raiano .
Os desabafos da minha avó fiquei a entendê-los.Referiam-se a 1834/36 -extinção de vários concelhos . O facto de o territorio do concelho idanhense ser maior que o de Penamacor gerou rivalidades.Os pobres dos Alarves dispersos pela campina levaram com as "favas"!
Portanto ,amigos , não tenham medo de que quando forem a Idanha-a-Nova alguém vos mande executar tarefas .Podem sim ser um pouco maçadores porque se entrarem em 20 casas em todas vão ter a mesa posta e verão rostos tristes se não comerem . Nunca soube de alguém que pusesse as visitas a trabalhar .Em tempos mais antigos os idosos pediam aos mais novos que lhes dessem um copo de"auga do pote" (em Idanha -a-Nova não se diz "asado"; tal significa habilidoso)ou lhes "tchegasse uma atcha p'ro lumi ". Deve ter sido tal acto que levou a tão maldosa manipulação . Será que os outros concelhos extintos também quiseram vingar-se?
Entendo que o Edy (permita-me que o trate assim pois só o conheço da sua obra...e julgo-o ligado ao Rosmaninhal à família Chambino que o meu pai bem conhecia ;será ?)não conheça o referido dito, pois isso sucede com muita gente . Na pronuncia de Penam...diz-se IDENHA ,terra que afinal , nem conheço !
Chanesco ,está "aperdoedo" .Quanto a mim peço desculpas pela "alarvidade " com que me alarguei .
Bem-haja , faça como quiser com a dita alarvidade...
A "vezinha "
Quina
A alarvidade da minha escrita tinha sido tal que excedi o número de caracteres .Tive de fazer cortes e como tal ,ficou nalguns pontos um português um pouco "macarrónico" . Peço desculpa por ele .Creio que dá para entender.Bem-hajam todos , bem-haja Chanesco...
Um abraço amigo
Qina
Quina
Conhecia a origem da palavra, mas nunca a imaginei associada ao amesquinhamento praticado pelos de uma terra sobre os de outra! Obrigada pela lição.
Beijos
Minha cara vezinha Quina
Espero que o meu comentário não tenha avivado a chama que enrubescia o ferrete estigmatizante de que fala e que a marcou na sua juventude.
Saiba que eu também me tenho como boa pessoa. Não é meu propósito achincalhar seja quem for com os meus comentários, muito menos as pessoas por quem nutro consideração, apesar de não noa conhecermos. Tenho muito apreço pelo trabalho de pesquisa que nos vem dando a conhecer sobre o nosso concelho assim como pelos comentários que aqui deixa (o anterior é um bom exemplo), um contributo enriquecedor para este blog.
O que aqui escrevo não é fruto de uma pesquisa tão profunda como a que faz, mas sim uma espécia de transcrição de alguns testemunhos de quem ainda viveu os tempos conturbados das rivalidades entre povoações vizinhas.
Como saberá, das 17 freguesias do concelho, poucas escaparam ao ferrete da alcunha pouco abonatória. Quantas vezes as ditas rivalidades eram levadas ao extremo nas feiras e nas festas com zaragatas fratricidas.
Sobre o assunto poderá ler um dos primeiros posts neste endereço:
http://arcaz.blogspot.com/2006/04/10-2006-rivalidades-do-so-domingos.html
Este poste, que não pretende desenterrar pecados velhos, refere-se à constatação de uma dura realidade que, penso eu, nos dias de hoje já não tem não tem razão de ser.
As rivalidades, coisa retrógrada, são águas passadas e as alcunhas, com a carga simbólica que possuíam, também.
Nos casos em que a coisa pareça séria, mantenhamos o espírito dos nossos vizinhos de Alcains.
Abraço
Por amor de Deus , vezinho , eu também o tenho na conta de boa pessoa . Sei que não pretendeu reavivar o ferrete ,mas apenas citar um dito de Penamacor referente a todos nós . Sei das rixas que, em tempos idos , isso originou ,para além das infantis entre mim e a minha prima... !!!Apenas aproveitei para esclarecer a situação a quem , vindo de outras bandas , não entendesse o "tal" dito . Sabe , continuo a achar que as rivalidades entre terras da nossa região , são um dos nossos males...Enfim , talvez a dureza desta crise nos una...,Sonhar não paga imposto ,por enquanto !!!!
UM abraço
Quina
Ah! , esqueci-me de uma coisa !!Sim , não é nada bonito o que se diz sobre Alcains , mas eles não ficam calados e a resposta é forte .Quanto a nós só me lembro da minha pobre imprecação :"Penamacas"...Conhece outra ? Eu não ...Afinal não seremos tão brutos como nos pintam !!!
E por agora está tudo
Vesitas
Quina
Gosto de passar por aqui,e mais, gosto dos comentários que por aqui circulam na boa paz das boas vizinhanças como se quer.
Este ditado só nos reporta para usos e costumes das nossas gentes,que tão hábilmente os faziam assim a talho de foice sobre tantas conveniências e em vez de nos envergonhar,pelo contrário só nos enriquece,tal é a quantidade e a variedade que existem em cada terra.
Desenterremo-los e coloquemo-los por estes blogues fora para que possamos melhor compreender quem somos pelo que fomos.
Gostei
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