Igreja de S. Domingos (Largo de S. Domingos- Lisboa)
A promessa
O Francisco da Cruz, dito Xico "Bombarral" - que a alma lhe esteja em descanso - foi militar de carreira. Embarcou para Moçambique em 1954 para reforçar o contingente das designadas tropas de guarnição normal, tendo-se fixado em Lourenço Marques, onde casou e acabou por formar nova família. Só veio à Metrópole em 1966 para um curto período de férias, por alturas da Páscoa, passados dois anos de a Guerra de África, que em 1961 rebentara em Angola, ter alastrado a Moçambique. Foram dois anos destacado em "defesa da Pátria", repartindo-se entre esporádicas visitas à família em Lourenço Marques e o serviço na "fornalha" de Tete.
Ao voltar para Moçambique – A missão obriga-me! – deixou a mãe, ti Isabel "Isidra", mais descorçoada e de espirito mais vazio que quando abalou pela primeira vez para o Cabo dos Infernos. Agora, já com meia vida a carregar o luto pelo marido, falecido quando o Xico era ainda moço imberbe, (de doença provocada pelo gás respirado nas trincheiras da Flandres durante a guerra de 14/18), temia pelo filho, sujeito a ficar por lá ou a ser acometido pela moléstia que dilacerou as vísceras ao pai.
Num ambiente quase fúnebre, entre choros carpidos e abraços de despedida da família, soltou-se o optimismo das promessas: quando regressasse de vez, ofereceria aos paroquianos dos Toulões uma imagem esculpida de N. Sª da Imaculada Conceição e a mãe, embalada pela mesma onda de esperança, prometera a N. Sª Fátima entregar-lhe em mão uma parte do seu suor.
O momento do regresso, tão ansiosamente aguardado, veio finalmente em Janeiro de 1968.
Foi um alívio. Ela que desde sempre, todas as noites, ao deitar-se, pedia a Deus e a Fátima que lhe livrassem os filhos dos maus topes, manifestava a sua fé numa longa reza surdinada. Não tanto pelo António e pelo José, mais velhos, nem pela mais nova, a Ana, todos de vida ajeitada, mas mais por este pobre cujo destino quis que seguisse a vida da tropa e andava agora na guerra.
A oração era a sua almofada para um sono de justo: um descanso para as preocupações, persistentes em atentar-lhe a tranquilidade da consciência.
Ter reavido o filho, são e salvo, impunha o cumprimento da promessa feita de ir a Fátima.
Entrou Maio. Arranjou-se com o cunhado e com a mulher, o João "Bombarral" e a Cristina "Ruça", e com mais dois peregrinos fretaram o "carro de alugo", para viajar até ao lugar sagrado.
Na véspera das celebrações, ainda a alva por entre umas farropas de neblina assomava por detrás do azinhal do Monte Velho, lá saiu a carrada acondicionada no robusto "Chevrolet" do ti Fontes, com o tempo contado para chegar à Cova da Iria antes de principiar a procissão das velas.
A viagem parecera interminável, mas chegaram com folga bastante para se livrarem dos maiores apertos. A multidão afluente àquele fervilhante lugar de culto custou a caber na imaginação da ti Isabel; em quantas romarias da Senhora do Almortão se juntaria tamanho gentio.
O ti Fontes, avisado por experiências anteriores, alertou: - No meio desse adjunto, acuaitelai as carteiras!
A reacção instintiva provocada por aquelas palavras, levou o ti João "Bombarral a levar a mão ao peito e sentir-lhe o enchumaço no bolso de dentro da véstia. Ela, pelo sim, pelo não, passou também a mão pela anca direita para se certificar se a algibeira aonde guardava o dinheiro da promessa, presa à cintura e pendurada entre a saia e o saiote, ainda estava no sítio.
Após uma volta atribulada pelo recinto do Santuário, abeirando-se com dificuldade do vulto da azinheira grande, contrastante com a ténue iluminação ambiente e da Capelinha das Aparições, epicentro do movimento conturbado de uma enorme massa humana, integraram-se na procissão nocturna com milhares de bruxuleantes pontos de luz em movimento, a compor um quadro vivo representando a devoção à Virgem.
Foi uma noite de vigília forçada, ao relento, com uma manta singela, mal dormida, mas descansada quanto baste. Com fé suplantam-se todos os sacrifícios. A manhã, fresca, acordou renovada e até o astro, resplandecente, fazia jus ao mistério da Aparição.
Durante a espera pelo momento ecuménico proporcionado por um cardeal estrangeiro, sempre as contas do terço a passarem-lhe a compasso pelos dedos, foi então tempo de ir à casa das oferendas libertar a alma. Parte das poupanças, religiosamente guardadas, recurso para atalhar a lavoura de uma doença ruim, serviam nesta ocasião para agradecer à Virgem a protecção providenciada ao seu Xico. Enfia a mão pela abertura lateral da saia e puxa para fora a algibeira de saragoça preta, rameada com bordados garridos, onde guardava cinco notas. Veio, primeiro, o lenço de mão. Procurou de novo, vira, volta, revolta, mas o dinheiro … viste-o!
Confirmado o sumiço das notas, roubadas ou perdidas, sem entender como tal infortúnio poderia ter sucedido, deixou-se cair num choro convulsivo e com o lenço numa mão e o rosário na outra, esconde a cara entre ambas num acto meio de desespero, meio de vergonha, por faltar à palavra prometida a Nossa Senhora.
A Cristina "Ruça" e o "homa", que havia um bom punhado de anos tinham promessa, nunca conseguindo usufruir da alegria de a poder cumprir, por Nossa Senhora nunca lhes ter concedido a graça da fecundação, ampararam a companheira de peregrinagem.
Mal conformada, passou todo o tempo, do início da homilia até ao adeus à Santa, no automóvel que a levaria de regresso a Toulões, firmemente agarrada ao rosário, a rogar pelo fim do pesadelo. Em toda a viagem, desalmada, pesarosa, não se lhe ouviu palavra.
Reconstituía mentalmente todos os momentos passados no vislumbre de um ponto de displicente distracção. Fixou as duas vezes em que puxou do lenço: para limpar o rosto arrasado num pranto de lágrimas à solta e se recompor da emoção de, à distância de um beijo, estar perante o corpo presente da Imagem de Fátima e, mais tarde, aquando do aceno de despedida que Lhe dirigiu no final da procissão. Em qualquer destas alturas o dinheiro se poderia ter esgueirado por entre as farpelas das suas vestes festivas.
Chegaram a casa já à noite. Deitou-se mas não dormiu sem antes se justificar à Virgem, rogando-Lhe que não a julgasse por esta falta, na certeza de que Santo António, advogado para as coisas perdidas, não lhe iria frustrar o desígnio e se encarregaria de a ajudar repará-la.
A promessa
O Francisco da Cruz, dito Xico "Bombarral" - que a alma lhe esteja em descanso - foi militar de carreira. Embarcou para Moçambique em 1954 para reforçar o contingente das designadas tropas de guarnição normal, tendo-se fixado em Lourenço Marques, onde casou e acabou por formar nova família. Só veio à Metrópole em 1966 para um curto período de férias, por alturas da Páscoa, passados dois anos de a Guerra de África, que em 1961 rebentara em Angola, ter alastrado a Moçambique. Foram dois anos destacado em "defesa da Pátria", repartindo-se entre esporádicas visitas à família em Lourenço Marques e o serviço na "fornalha" de Tete.
Ao voltar para Moçambique – A missão obriga-me! – deixou a mãe, ti Isabel "Isidra", mais descorçoada e de espirito mais vazio que quando abalou pela primeira vez para o Cabo dos Infernos. Agora, já com meia vida a carregar o luto pelo marido, falecido quando o Xico era ainda moço imberbe, (de doença provocada pelo gás respirado nas trincheiras da Flandres durante a guerra de 14/18), temia pelo filho, sujeito a ficar por lá ou a ser acometido pela moléstia que dilacerou as vísceras ao pai.
Num ambiente quase fúnebre, entre choros carpidos e abraços de despedida da família, soltou-se o optimismo das promessas: quando regressasse de vez, ofereceria aos paroquianos dos Toulões uma imagem esculpida de N. Sª da Imaculada Conceição e a mãe, embalada pela mesma onda de esperança, prometera a N. Sª Fátima entregar-lhe em mão uma parte do seu suor.
O momento do regresso, tão ansiosamente aguardado, veio finalmente em Janeiro de 1968.
Foi um alívio. Ela que desde sempre, todas as noites, ao deitar-se, pedia a Deus e a Fátima que lhe livrassem os filhos dos maus topes, manifestava a sua fé numa longa reza surdinada. Não tanto pelo António e pelo José, mais velhos, nem pela mais nova, a Ana, todos de vida ajeitada, mas mais por este pobre cujo destino quis que seguisse a vida da tropa e andava agora na guerra.
A oração era a sua almofada para um sono de justo: um descanso para as preocupações, persistentes em atentar-lhe a tranquilidade da consciência.
Ter reavido o filho, são e salvo, impunha o cumprimento da promessa feita de ir a Fátima.
Entrou Maio. Arranjou-se com o cunhado e com a mulher, o João "Bombarral" e a Cristina "Ruça", e com mais dois peregrinos fretaram o "carro de alugo", para viajar até ao lugar sagrado.
Na véspera das celebrações, ainda a alva por entre umas farropas de neblina assomava por detrás do azinhal do Monte Velho, lá saiu a carrada acondicionada no robusto "Chevrolet" do ti Fontes, com o tempo contado para chegar à Cova da Iria antes de principiar a procissão das velas.
A viagem parecera interminável, mas chegaram com folga bastante para se livrarem dos maiores apertos. A multidão afluente àquele fervilhante lugar de culto custou a caber na imaginação da ti Isabel; em quantas romarias da Senhora do Almortão se juntaria tamanho gentio.
O ti Fontes, avisado por experiências anteriores, alertou: - No meio desse adjunto, acuaitelai as carteiras!
A reacção instintiva provocada por aquelas palavras, levou o ti João "Bombarral a levar a mão ao peito e sentir-lhe o enchumaço no bolso de dentro da véstia. Ela, pelo sim, pelo não, passou também a mão pela anca direita para se certificar se a algibeira aonde guardava o dinheiro da promessa, presa à cintura e pendurada entre a saia e o saiote, ainda estava no sítio.
Após uma volta atribulada pelo recinto do Santuário, abeirando-se com dificuldade do vulto da azinheira grande, contrastante com a ténue iluminação ambiente e da Capelinha das Aparições, epicentro do movimento conturbado de uma enorme massa humana, integraram-se na procissão nocturna com milhares de bruxuleantes pontos de luz em movimento, a compor um quadro vivo representando a devoção à Virgem.
Foi uma noite de vigília forçada, ao relento, com uma manta singela, mal dormida, mas descansada quanto baste. Com fé suplantam-se todos os sacrifícios. A manhã, fresca, acordou renovada e até o astro, resplandecente, fazia jus ao mistério da Aparição.
Durante a espera pelo momento ecuménico proporcionado por um cardeal estrangeiro, sempre as contas do terço a passarem-lhe a compasso pelos dedos, foi então tempo de ir à casa das oferendas libertar a alma. Parte das poupanças, religiosamente guardadas, recurso para atalhar a lavoura de uma doença ruim, serviam nesta ocasião para agradecer à Virgem a protecção providenciada ao seu Xico. Enfia a mão pela abertura lateral da saia e puxa para fora a algibeira de saragoça preta, rameada com bordados garridos, onde guardava cinco notas. Veio, primeiro, o lenço de mão. Procurou de novo, vira, volta, revolta, mas o dinheiro … viste-o!
Confirmado o sumiço das notas, roubadas ou perdidas, sem entender como tal infortúnio poderia ter sucedido, deixou-se cair num choro convulsivo e com o lenço numa mão e o rosário na outra, esconde a cara entre ambas num acto meio de desespero, meio de vergonha, por faltar à palavra prometida a Nossa Senhora.
A Cristina "Ruça" e o "homa", que havia um bom punhado de anos tinham promessa, nunca conseguindo usufruir da alegria de a poder cumprir, por Nossa Senhora nunca lhes ter concedido a graça da fecundação, ampararam a companheira de peregrinagem.
Mal conformada, passou todo o tempo, do início da homilia até ao adeus à Santa, no automóvel que a levaria de regresso a Toulões, firmemente agarrada ao rosário, a rogar pelo fim do pesadelo. Em toda a viagem, desalmada, pesarosa, não se lhe ouviu palavra.
Reconstituía mentalmente todos os momentos passados no vislumbre de um ponto de displicente distracção. Fixou as duas vezes em que puxou do lenço: para limpar o rosto arrasado num pranto de lágrimas à solta e se recompor da emoção de, à distância de um beijo, estar perante o corpo presente da Imagem de Fátima e, mais tarde, aquando do aceno de despedida que Lhe dirigiu no final da procissão. Em qualquer destas alturas o dinheiro se poderia ter esgueirado por entre as farpelas das suas vestes festivas.
Chegaram a casa já à noite. Deitou-se mas não dormiu sem antes se justificar à Virgem, rogando-Lhe que não a julgasse por esta falta, na certeza de que Santo António, advogado para as coisas perdidas, não lhe iria frustrar o desígnio e se encarregaria de a ajudar repará-la.
10 comentários:
NOTA:
O dinheiro aparecera dois ou três dias depois, esquecido no baú da roupa onde guardava também o lenço e a algibeira, na qual, supostamente, o deveria ter posto.
A promessa foi paga pelo pelo filho Xico em Outubro desse ano (não sei se a 13), na mesma ocasião em foi a Fátima mandar benzer a imagem da Imaculada Conceição, oferecida posteriormente à paróquia.
Muitas e muitas saudações para si, meu muito prezado Chanesco!
Está um cristão meia dúzia de dias sem ligar ao computador e logo o meu amigo aproveita para renovar a casa e ampliar-lhe o recheio! Pois fez muito bem porque, embora a sua porta permanecesse aberta, sempre sabe melhor encontrá-lo a si na ombreira!
É uma história muito bonita, aquela que nos conta, irmã gémea da de tantas outras vidas sofridas mas em que as graças são agradecidas.
___
Também se encanta com a solução encontrada para a igreja de S. Domingos? Eu sei que me encanto, mas às vezes parece que me sinto afogada por algum receio quer não sei explicar.
Um grande abraço.
Fátima
Grato pelo alerta e também pelas suas palavras sempre acertadas e sempres bem-vindas.
Mas sempre lhe digo por graça que:
"tendeiro à ombreira encostado, vê cliente fugir para a tenda do lado"
É preciso dar mostras de algum dinamismo e alegrar o espaço para não cansar as vesitas.
Quanto à questão que me coloca "se me encanto com a solução encontrada para a igreja de S. Domingos", confesso que fiquei sem saber se se refere ao modo como a igreja foi restaurada após o incêndio que, sou franco, desconheço por completo.
Um abraço
E pronto ,cá temos de novo o "vezinho" que tão bem nos coloca face às situações . Esta é uma daquelas que , no meu caso , me leva logo até ao nosso concelho e vejo , a nossa boa gente , pedindo socorro à Virgem , seja ela a Srª do Almortão ou a de Fátima .Ainda bem que o dinheiro foi encontrado e a promessa paga , senão não haveria paz de espírito ,mesmo pensando nós que a Senhora perdoaria o descuido . E estou eu para aqui a falar .... Quantas vezes ,também , não tenho eu "atazanado" a paciência da Senhora quando me vejo em "apoguentações " ?! Muntas !!! Creio que nos está na "massa do sangue "....quando damos por issso aí vai o pedido...e sabe ...creio que Ela nos "acude "!!!
Foi um bom regresso
Muntas vesitas
Quina
Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! Essa não conhecia, mas já a vou decorar!
Referia-me ao restauro, sim, e à opção por deixar intactas as marcas do incêndio que a destruiu (visíveis na fotografia). Creio que são essas marcas que me intimidam, sobretudo, se associadoas à cor ocre vermelho da abóbada. No entanto, sempre que levo alunos a visitá-la, eles ficam deslumbrados...
Um abraço
Caro Chanesco, é com redobrado admiração e surpresa que leio as tuas renovadas "estórias".
Abraço
opps...(*redobrada)
*FÁTIMA
Da igreja de S. Domingos conhecia a fachada por muitas vezes lhe passar diante, mas sempre a correr. A visita ao interior foi ocasional e aconteceu, como me acontece às vezes quando sou levado por uma curiosidade de cachorro, que entra onde quer que haja uma porta aberta.
Também eu, desconhecendo a história da igreja e só lá ter estado por breves minutos, fiquei deslumbrado com a grandiosidade da nave e com o ambiente ameaçador, quase arrepiante, provocado pelas lascas em falta nas colunas, aparentando uma eminente entrada em colapso.
Nesta foto de NSF e dos pastorinhos, colocada em justaposição às duas colunas, procurei captar a imagem de uma força que parece garantir a robustez da estrutura.
A sua dica no comentário anterior fez com que numa próxima vez entre mais demoradamente.
*QUINA
Obrigado pelas boas-(re)vindas.
Com as histórias que aqui vou contando, vou fazendo o registo de alguns episódios, mais ou menos relevantes, do quotidiano das gentes de Toulões, procurando dar-lhes algum jeito na “dignidade”.
Contrariamente ao que se possa pensar, pelo que aqui escrevo, sou um pouco séptico em questões de fé, mas sendo ela um dos valores mais enraizados na cultura do nosso povo, nutro pela fé e por quem a pratica o maior respeito.
*EDDY
Por admiração, e modéstia à parte, acho que tenho de te a devolver, visto o teu/vosso (CCR) louvável e valioso trabalho de levantamento, estudo e divulgação do património inaudito no nosso concelho.
Quanto ao opps...
Companheiro ...
herrar é umano, (onde é que eu ouvi isto?)
*ISAMAR
Obrigado pela suas palavras no comentário do post anterior. Vejo nelas a da maresia da beira-mar.
UM ABRAÇO PARA TODOS
Uma história tão bonita, comovente bem, bem contada. Gostei muito. Na Ti Isabel "Isidra" podemos imaginar muitas das Mães da nossa Beira e do nosso Portugal, com aflições e promessas semelhantes, embora a da Ti Isabel se tivesse tornado "complicada" de cumprir. Mas houve outras também muito difíceis de levar a cabo. Amor de Mãe é assim: amar sem medida!
Bem haja!
Uma história real, muito bem contada como é seu uso. Imagino o desespero da peregrina que em tanta cautela levava a algibeira com a quantia destinada a pagar a promessa. Coisas que acontecem aos mais cuidadosos. Errar é humano. Felizmente, o dinheiro não ficou em mãos alheias e foi encaminhado para o santuário. Quanto à imagem é linda e impressionante.
Bem-haja!
Abraço fraterno
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