domingo, maio 18

12-2008: Beco sem saída


Já nada é como dantes
Foram-se os reis e os infantes
Não há meninas, nem soldados
Não há bestas, nem arados

Casas sobrevivem desertas
E por portas entreabertas
Passa o tempo ao abandono
Numas inquilino, noutras dono
Salvam-se os velhos e as memórias
Os velhos mais as velhas glórias
Há histórias de dias sem nada
Histórias de noites sem madrugada

Histórias de espigas por ceifar
Histórias de contas por contar
Gente que não conta, canta à vida
Canta ao futuro... num beco sem saída

Toulões, Maio 2008