terça-feira, janeiro 16

2-2007: Em banho-maria

O post de hoje é uma alternativa ao que, por falta de tempo e também alguma preguiça, confesso, me impediu de o dar por terminado.
Como dizia a ti Grencha, uma velhinha que foi forneira até ao fim dos seus dias, quando alguém reclamava pelo atraso na saída da fornada:"O qu'é que q'rendas? Sou sozinha. No posso andar à lenha na serra e estar a meter o pão ao forno".
Pela mesma senda andava um amola tesouras que por aqui vinha. Assobiava naquela "flauta de pã" em plástico e apregoava "pregar" gatos em pratos de porcelana partidos, reparar guarda-chuvas e também capar leitões. Quando o trabalho apertava, não se podendo dividir nas diversas tarefas, clamava:" Calma lá! Enquanto se capa não se assobia".
Assim sendo, para não defraudar os amigos que aqui vem na espectativa de encontrar um estória nova, deixo-lhes esta foto como prova de que o cozinhado está a andar.
Um abraço e até breve!

12 comentários:

Ana Ramon disse...

... e cá ficamos à espera :)
Até breve

Anónimo disse...

Claro que estes são sempre contos de encantar, mesmo pequeninos, em potes de ferro e lume brando! Até breve e Abç

Anónimo disse...

Valente pote num lume de matança!

À vista de tal aperitivo, mal posso esperar pelo banquete...

Um abraço

Anónimo disse...

"Enquanto se capa nao se assobia".

Tambem se usa na minha Beira serrana.

Um abraco fornense.

Anónimo disse...

Viva!

E como a comida é muito mais saborosa nesses potes de ferro aquecidos pela lenha que alguém arduamente colheu.
Já cheira...

Um abraço

Anónimo disse...

Até parece que me estou a ver, puto, lá na minha aldeia, no Casal-Ribafeita, sentado (sentáva-mos no chão, à volta duma lareira; uma laje de grandes dimensões em quadrado, colocada a meio à profundidade de meia perna, suportada por pedras em bruto de granito que ficavam numa cave em terra batida e onde se criava o porco)a ver o lume espevitado por molhos de vimes e alimentado por ramos e troncos de pinheiro cortados e rachados à medida, a comida a cozinhar nessas panelas, o cheirinho que era um regalo, os enchidos a fumar pendurados das vigas do telhado, por cima da lareira.
Velhos e saudosos tempos. E as estórias, algumas de arrepiar, com almas do outro mundo, lobisomens, bruxas e bruxedos?!
Um grande abraço, Canhesto, mais uma bela narrativa acompanhada por uma foto daquelas que dizem coisas...
António

Anónimo disse...

Percorrer esta merecida página não é uma imposição, mas, tão-somente, um prazer lúdico, para ver a elegância, qualidade, de braço dado com a noção de estética e bem-fazer. Afinal, tenho a sorte de puder apreciar e visitar este agradável blogue. Óptimo fim-de-semana.

Isabel Magalhães disse...

Já tive o prazer de comer 'bucho' cozinhado numa panela dessas numa lareira assim.




Foi na zona de Castelo Branco.




Deixo um abraço.
I.

Anónimo disse...

...cozinhado que o bom fogo por certo tornará bem saboroso!

Um abraço amigo.

Anónimo disse...

Oi :)) até breve, e recebe beijoca*

Tozé Franco disse...

PArece-me que vai sair daí um excelente petisco.
BOm Domingo.

Anónimo disse...

A malta espera, até porque vale bem a pena, porque o cozinhado sai sempre no ponto, boa semana.