... Um ser livre e natural, um toiro nado e criado na lezíria ribatejana, de gaiola como um passarinho, condenado a divertir a multidão! Irreprimível, uma onda de calor tapou-lhe o entendimento por um segundo. O corpo, inchado de raiva, empurrou as paredes do cubículo, num desespero de Sansão. Nada. Os muros eram resistentes, à prova de quanta força e quanta justa indignação pudesse haver. Os homens, só assim: ou montados em cavalos velozes e defendidos por arame farpado, ou com sebes de cimento armado entre eles e a razão dos mais… Palmas e música lá fora. O Malhado dava gozo às senhorias… Um frémito de revolta arrepiou-lhe o pêlo. Dali a nada, ele. Ele, Miura, o rei da campina! A multidão calou-se. ...
...- Miura! Cornudo! Dum salto todo muscular, quase de voo, estava na arena.
Pronto!
31 comentários:
À falta de história acabada para publicar, este post surge na sequência do vídeo que recebi de um amigo e que, de certa forma, pretende ilustrar a segunda parte do post anterior; a entrada do touro na taberna de Alcafozes.
Abraço
E da arena para o matadouro, do matadouro para o prato!
Ainda gostava de ver, o touro a pedir um copo de cinco!!!
Um abraco do d'Algodres.
E tinha de ser Torga!
Obrigada por este momento divertidíssimo. Que este touro tinha asas, caramba!
Um abraço
Nesse conto, Torga chama "manequim de lantejoulas" e "farsante doirado" ao toureiro. O conto termina de forma sublime.
Excelente ideia, esta de fazer do touro o protagonista da história.
Um abraço
Caro Chanesco, muito obrigado pelas boas vindas, é um verdadeiro prazer e orgulho juntar-me às hostes dos que divulgam e defendem as suas origens raianas. Votos pedroguenses de boas "postagens"!
Olá amigo. O sorriso acaba por aparecer perante o inusitado da cena. Un nome nunca tão bem aplicado ao bicho. Detesto touradas e o cinismo da chamada defesa das tradições. Achei muito interessante a tua lembrança do Miura perante o Pajarito e outros que coitados são postos na arena para júbilo dos humanos. São os nossos tempos modernos em defesa das violências antigas.
Um beijinho
Caro Chanesco,
obrigada pela visita, nunca antes tinha passado por aqui. Temo-nos cruzado por aí em comentários a amigos comuns.
O seu post é um "mimo" para os touros, esses que para cumprir a "tradição" continuam a ser mortos em directo nas arenas deste País.
Já deve ter percebido que detesto touradas. :)
Devia ser um belo animal este, o Malhado de Torga.
Um Abraço
Rendo-me ao contista / poeta/ escritor que admiro sem limite.
Beijinhos
Chanesco:
Fiquei mais "descansado" após a leitura da sua explicação para este post.
Lamento dizê-lo, talvez ofenda os aficionadas das corridas, mas vejo-me sempre a "torcer" pelo touro.
Bem trazido este conto de "Os Bichos".
Um abraço
Um touro livre, até na hora da lide. Um abraço.
O Chanesco sempre na primeira linha da oportunidade da reportagem ou da narrativa ou mesmo da revisitação de um autor tão excepcionalmente racionalista e ao mesmo tempo telúrico e amigo dos animais, como é Torga.
Um grande abraço.
Aprendamos! Nunca é tarde!
António Nunes
Vinha por mais prosa, Chanesco.
Mas deixo o meu abraço, depois de reler "a tourada" do post anterior.
Bom fim de semana
Gosto deste touro alado....
Um abraço.
Deixo hoje um abraço, que o comentário já ficou há uns dias.
E pronto, aqui insisto, persisto... e não desisto!
Sinto-te a ausência.
Um abraço
Chanesco:
hoje venho recordar-lhe que tem um mail meu desde Sábado passado na sua caixa do correio.
um abraço.
Também admiro bastante o Torga, estou constantemente a revisita-lo...
Um abraço raiano
Caro Chanesco, espero que esteja tudo bem consigo.
Um abraço
boa noite
saudações amigas
Já há inquietação no meu espírito.
Espero que esteja tudo bem, caro Chanesco!
Um abraço
Um soberbo conto! Boa escolha e uma boa semana.
CAro Chanesco:
A sua ausência já causa saudades. Fazem-nos falta os textos que escreve.
Espero que esteja tudo bem.
Um abraço.
Pois todos os bois deviam ter asas, isso, para voar quando lhes querem ferrar aquelas farpas que os deixam a sangrar e enraivecidos.. Com asas, como os anjos... Porque não? Um abraço, ell
O blogue continua na trilha da sua imensa valia. Tudo se vê e visita com agrado pela qualidade. Boa semana.
Caro Chanesco:
>espero que a sua ausência não se d eva a qualquer problema grave.
Passo para desejar bom Natal e deixar-lhe um presente:
´´´´´´´´´´´¶
´´´´´´´´´´¶¶
´´´´´´´´´¶¶¶
¶¶¶´´´´´¶¶´¶
´¶¶¶¶¶¶¶¶´´¶
´´´¶¶´´´´´´¶¶¶¶¶¶¶¶¶
´´´´´¶¶´Fô¶¶¶¶
´´´´¶¶´´´´´¶¶¶
´´´¶¶´¶¶¶¶´´¶
´´¶¶¶¶¶´´¶¶´¶´
´¶¶´´´´´´´´¶¶¶´
Um grande abraço.
Uma saudade imensa das cores/palavras deste teu lugar. Espero que seja só interregno... Um abraço amigo.
Boas Festas e Feliz Natal, com muita harmonia.
Jofre Alves
http://couramagazine.blogs.sapo.pt/
http://couramagazinefoto.blogs.sapo.pt/
Amigo Chanesco
Festas felizes e que 2008, para além de tudo o mais, lhe traga alguma disponibilidade para regressar à Arca Velha regularmente.
Estamos todos na expectativa.
Um forte abraço.
Boas festas, caro Chanesco e um abraço da
Moita de Marganiço!
Feliz Ano Novo, com muita saúde e boa energia! Um abraço.
Jofre Alves
http://couramagazinefoto.blogs.sapo.pt/
http://couramagazine.blogs.sapo.pt/
Querido Chanesco,
Apesar da ausência venho aqui deixar os meus votos de um 2008 muito feliz.
E rápido regresso.
Um grande abraço
Enviar um comentário